terça-feira, 4 de outubro de 2011

fim do atalho

vida.
obra de arte
coletiva,
inventada,
a ser feita por
novos caminhos.
depois que termina
não serve pra nada.

Orgia poética


(Lu Cenci, Ma de Trói, Driu Oliveira, Su 4 tons, Daniel Zakalé)
do fim pro começo - a primeira foi escrita por non cenci e finit por zakal

Em 15 de novembro de 2011 18:09,
Daniel Simoes <zakale@gmail.com> escreveu:

conti nuance
retro vai-se
e quando bi-furca...

santi ficado
te paraliza
enquanto um signi te rói

ente adiado
nasce ou nunca
farinha do memo saco

--------------

From: suzannexavier@hotmail.com
To: lucenci@gmail.com; driu_oliveira@hotmail.com
CC: troimarcelo@gmail.com; zakale@gmail.com
Subject: RE: pra sossegar
Date: Sat, 12 Nov 2011 13:03:58 +0000

Meninos
menina
não tenho tamanha euforia
minhas palavras
mal saem dia-a-dia
sem muita poesia...

será que me alimento mal?
será que na dieta devia constar mais:
inspiração
expiração
inundação

confusão

vazios

passarinhos
árvores
caramujos

aurora
crepúsculo
eternidade...

o que me falta?
alguém me preenche!!

Em 11 de novembro de 2011 16:13, Adriana Oliveira
<driu_oliveira@hotmail.com> escreveu:
>
> não para!
> Parece orgia coletiva,
> gozo consecutivo,
> disritmado,
> cativo,
> esfomeado
> a verrborrraggiia da fêmea no cio,
> rodeada de baba de cão,
> não daquela que falava o nelsão (rodrigues),
> a "baba grossa e bovina"
> do olho gordo,
> mas da mais pura e fina
> baba de fome e desejo,
> de verso sem tempo,
> rasgado
> curado,
> brotado em jardim
> de música e letra
> dueto, terceto, de quatro ou de duplo sentido,
> semtexto já não dá pra mim.
> mas se o verso é certo e bandido,
> não pode parar,
> a poesia sem fim
> tem um castigo
> de contaminar.

> ________________________________
> Date: Fri, 11 Nov 2011 14:31:39 -0200
> Subject: Re: pra sossegar
> From: lucenci@gmail.com
> To: driu_oliveira@hotmail.com
> CC: troimarcelo@gmail.com; suzannexavier@hotmail.com
>
> Eu quero os versos que me querem
> e os que se inserem
> eu quero dos versos a fluência
> da tessitura o corte
> bem feito
> no tempo, no passo
> do tesão da elaboração
> dos sons das rimasenigmas.
> Sou eu que caço o aço
> e se ele cai no meu laço
> tem que ser mais do que forte
> tem que amigo meu
> e do inimigo
> e este,
> pode ter ou não com o umbigo,
> pois é livre lavra
> do lavouro que me atrai...
> Daqui dinheiro não sai, não sai diário, salário ou armário
> não necessariamente há
> nada
> a proposta é só provocar
> imaginários
> - por isso não posso parar.
>
> ________________________________
> From: troimarcelo@gmail.com
> Date: Fri, 11 Nov 2011 11:17:09 -0300
> Subject: Re: pra sossegar
> To: driu_oliveira@hotmail.com
> CC: lucenci@gmail.com; suzannexavier@hotmail.com
>
> macho, eu não sei se tu é
> salvo pelos 'eu t quebro no meio'
> 'tu é viado', 'ela é minha mulé'
> mas da pimenta q você diz q come
> eu faço doce que você não engole
> eu faço samba que você não dança
> tua valsa lisérgica será música passada
> porque lá no morro
> o funk é a ordem dobrada
> tu não engole essa que eu sei
> mas eu t digo: não vem q não tem
> o sossego que persegues não virá
> por que a vida pede veloz, pede urgência
> equilíbrio, coragem, furor, ciência
> M.T.

________________________________
> Date: Fri, 11 Nov 2011 02:55:54 -0200
> Subject: pra sossegar
> From: lucenci@gmail.com
> To: troimarcelo@gmail.com; driu_oliveira@hotmail.com;
> suzannexavier@hotmail.com
>
> Sem sentir o sossego
> só chego a ouvir regras
> e, se não topo,
> com o caminho das pedras
> só rolam topadas.
> Se não me acham os achados
> soi fácil presa
> da pressa turvando a clareza.
> Xangô que me salve com seu machado
> - que eu não sou de chavão -
> e o nêgo é o meu irmão.
> Sou só um macho solto no ar
> feito ipê rôxo, planando sem planejar
> gozando sem querer pousar.
> Agora chega de não chegar
> não vou mais pensar
> faço agora versos como quem samba
> pegando poemas com a mão
> enquanto a voz chove do chão
> vou dizer não ao não
> e no arroz com feijão ferver
> ver e sentir sem pagar
> temperar, soprar
> comer muuuito disso - é claro
> depois baseado em quê - não sei
> mais & + fumegar!
> Pra completar arrotar
> belas metáforas
> e sonhando a ultima valsa lisérgica
> esticar um pouco as canelas
> pra sossegar.

Luciano Cenci

sábado, 28 de maio de 2011

SE PARA(R) AÇÃO!

Aperto o travesseiro,
meu cheiro exala pelos quatro cantos.
adormeço na sala, almoço no quarto, estaciono à tv.

há flores por toda casa,
aguardam a primavera que também espera
pelo verão dos amantes,
sem fim de partida.
Espreguiço,
os olhos ainda sonham,
todo meu corpo pede pra ficar.
Refoço o café, atrás do jornal,
anuncio o show-musical,
sessão privê, teatro, cinenada me atrai.
no banheiro..me distraio,
cai um fio, despelo, reconheço uma ruga a mais.
marcas, raspas, fiascos de memória.
Palavras que remam para trás, maré vazia,
Parece saudade essa atitude,
solitude é maturidade.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cutucando vespeiro


esbarro numa palavra ou outra
de algum verso perdido que se encaixe,
no momento preciso de apontar minha seta.
 
enguanto não vejo escape,
há de enlouquecer ao menos as palavras
que nem explicam e tanto me preenchem.

Agora, ficou a saudade me fazendo companhia,

que se reveza com a solidão.
juntas, em silêncio profundo,
reinventamos você.

assim, no início, meio intimidado,
quase tomando forma,
 
e logo abandonado em meus braços
 
enquanto a sala se enche de vontades
impedindo o fim dos domingos.

E no calor dos passos,

dois errados,
rodopiam até os músculos ficarem moles,
os cheiros se confundem,
e a respiração quente encontra no calor da melodia
a mesma arfante harmonia.

A música finda e dançando em volta de mim mesma,
decido: Procura-se alguém pra dividir acertos!


A chuva começa a cair… e se o vento estiver a favor, quem sabe, voar.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

soZINHA

“EU ANDO SOZINHA AO LONGO DA NOITE...”

Sou o riso amarelo,
a tela em branco,
a saudade sem lembrança alguma.
corro, ando
tão cheia de mim
como um nome comum
daqueles que atende em qualquer esquina.
E ao longo da noite
construo a piada
entorno o riso 
e me sinto assim tão minha...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Umbiguidades


qual o sentido em permanecer por perto,
já tão distante que nem me reconheço.
se ao menos transformasse em música e tocasse uma nota além do meu umbigo.
des focar me. me des foca. 
essa pressão na nuca,esse meu corpo travado já não sou eu.