quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cutucando vespeiro


esbarro numa palavra ou outra
de algum verso perdido que se encaixe,
no momento preciso de apontar minha seta.
 
enguanto não vejo escape,
há de enlouquecer ao menos as palavras
que nem explicam e tanto me preenchem.

Agora, ficou a saudade me fazendo companhia,

que se reveza com a solidão.
juntas, em silêncio profundo,
reinventamos você.

assim, no início, meio intimidado,
quase tomando forma,
 
e logo abandonado em meus braços
 
enquanto a sala se enche de vontades
impedindo o fim dos domingos.

E no calor dos passos,

dois errados,
rodopiam até os músculos ficarem moles,
os cheiros se confundem,
e a respiração quente encontra no calor da melodia
a mesma arfante harmonia.

A música finda e dançando em volta de mim mesma,
decido: Procura-se alguém pra dividir acertos!


A chuva começa a cair… e se o vento estiver a favor, quem sabe, voar.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

soZINHA

“EU ANDO SOZINHA AO LONGO DA NOITE...”

Sou o riso amarelo,
a tela em branco,
a saudade sem lembrança alguma.
corro, ando
tão cheia de mim
como um nome comum
daqueles que atende em qualquer esquina.
E ao longo da noite
construo a piada
entorno o riso 
e me sinto assim tão minha...