quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Indagas

Salinas da Margarida, 2005
2010

Há perguntas demais que ganham forma 
tomam as ruas, os becos, os dias e as noites,  
se multiplicam de tal forma, dentro e fora de mim.
Às vezes queria viver para acordar, comer, cagar, trepar e dormir.
Acho que a vida faria mais sentido, sem ter que justificá-la todo o tempo
manter-se firme, com um certo propósito, 
ainda que se desconheça.
Eu morri há um ano atrás, e ali, naquele momento - uma das mortes de uma vida -, 
acordei com possibilidades - uma escolha ou uma sentença?
Ah! louca esperança, doce esperança. 
De amanhã acontecer de ser outro dia 
e o mundo girar, 
e eu girar com ele e tudo mudar e mudar.
Hein? mudo eu?

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